Por: Larissa Ramos.
Cerca de 20 servidores da
Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) estiveram presentes na
Assembleia do
Sindicato dos Técnico-Administrativos da UNEAL (SINTUNEAL), que
aconteceu na sexta-feira
(4), no auditório do Campus de Arapiraca, para deliberação dos pontos
pertinentes em pauta: eleição, proposta de
reajuste de 25% do governo do Estado, informações sobre as propostas do
fórum
universitário e a federalização da Instituição, além da reflexão sobre a
greve, proposta sugerida pelo servidor Melqui Zedeque, Campus V, e
aceita pela maioria durante os
informes.
Eleição
Houve discussão em torno do
assunto, pois os servidores debatiam se teria eleição para a escolha da nova
diretoria do SINTUNEAL antes ou depois da negociação com os representantes da
Secretaria de Gestão Pública de Alagoas (Segesp). De acordo com a categoria, por
unanimidade, a eleição foi votada para depois da negociação com as instâncias
do governo, além de providenciar, no momento, as pendências para regularização
do Sindicato.
Proposta de reajuste de 25% do governo do Estado
Foi determinado por todos os
presentes na Assembleia que a comissão de negociação do SINTUNEAL aprovasse as
propostas oferecidas pelo governo, desde que atendessem aos anseios da
categoria.
Informações sobre as Propostas do Fórum Universitário
De acordo com a explanação da
servidora Andréia Vieira, Campus I, foram aprovadas pelo Conselho Universitário
(CONSU) a criação de função gratificada para secretários de cursos, concurso
para o cargo de secretários de cursos, auxílios transporte e alimentação e
plano de saúde.
Reflexão sobre a Greve
O servidor Melqui Zedeque Ribeiro,
Campus V, tomou a palavra para uma breve retrospectiva dos fatos
ocorridos
durante a greve. No primeiro momento, ele lembrou que foi um erro a
proposta de
realinhamento de 120% para o governo porque seria muito difícil o gestor
do
Estado aceitar a reivindicação. Ainda com o servidor Melqui, outro ponto
que deixou a desejar foi a realização de um protesto contra Rogério
Teófilo, candidato do governo, que estava em uma de suas caminhadas
políticas para prefeito de Arapiraca. Um grupo de líderes sindicais e
alguns estudantes da Uneal, todos ligados ao PCdoB (partido político de
oposição ao governo), culminaram um confronto direto com a comitiva do
candidato Rogério Teófilo, que era o principal elo de comunicação nas
negociações entre a UNEAL e o governo. Diante desse fato, não houve mais
reuniões com a gestão. Para o servidor Melqui, o movimento fracassou
por causa de
iniciativas errôneas.
Federalização da Instituição
Terminada a reflexão da greve, o
servidor Melqui logo ingressou na questão sobre a federalização da Instituição,
enfatizando “que é possível, mas a autonomia não”, justificando que a Funec era
Municipal e passou a ser Estadual. A servidora Andréia ressaltou que isso “tem
que ser passado pelo Consu”, considerando difícil a proposta de federalização
da Uneal. Para o servidor Sérgio Queiroz, Campus II, acontecendo a
federalização “passaríamos a pertencer a outros órgãos do Estado”.
Finalizadas as discussões, por
unanimidade foi aprovado que o valor arrecadado do SINTUNEAL será utilizado em
prol do resgate do ânimo dos servidores, que acabou desgastado pelo longo
período de greve sem nenhuma reivindicação atendida. Para começar, uma
comitiva da diretoria do SINTUNEAL fará visitas nos campi em breve.
Pelo menos um membro de cada
Campus da Uneal compareceu à Assembleia.